sexta-feira, 15 de março de 2013

Paris: estudantes contam como entrar em desfiles sem convite


Assistir a um desfile do calendário oficial de Paris sem um convite parece tarefa impossível, mas não para os mais teimosos amantes da moda. “É simples, só não dá para esperar entrar em um desfile da Chanel”, diz Emma, estudante secundária de 16 anos.

Emma conta que gosta de moda desde que era criança, quando chegou a posar para revistas de moda infantil. “Hoje, me bate uma coisa quando vejo um desfile, as luzes, a música, todo o espetáculo”, diz a estudante.

Foi atrás dessa emoção que Emma veio ao Palais de Tokyo na esperança de ver a apresentação do estilista indiano Manish Arora, junto com o amigo Othmane, de 17 anos, que estuda comércio e faz dança. “Um desfile é quase como um espetáculo de dança”, diz Othmane. “Cada um tem uma inspiração e isso se reflete no ritmo, na escolha da trilha sonora, na iluminação, no modo como as modelos caminham.”

Nesse dia, Emma e Othmane não conseguiram entrar no desfile, mas explicam como já fizeram em outras ocasiões. “Olhamos a programação na Internet e escolhemos marcas menos conhecidas do grande público, principalmente de jovens estilistas. Aí é só vir mais cedo e esperar na fila do standing”, explica Emma.

“Standing” é o nome que se dá à plateia que fica de pé, sem lugar marcado. Algumas marcas organizam filas de “standing” e, se na hora de começar o desfile ainda houver lugares vazios, por exemplo, a entrada é liberada para algumas pessoas.

Os estudantes Morgane, Léo e Orane chegaram mais cedo e conseguiram entrar, sem convites, no desfile de Manish Arora. Colegas em uma escola privada de moda em Paris, eles já haviam assistido à apresentação da grife Peachoo Krejberg no dia anterior, graças à fila de standing.

Também estudantes de moda, Sascha e Mary vieram de Berlim especialmente para a temporada de desfiles de Paris, e assistiram ao mesmo desfile da Peachoo Krejberg como standing. “Recebemos somente um ou dois convites para desfiles”, diz Sascha. “Mas sempre tentamos outros e às vezes funciona.”

Fonte: Terra

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