Emma conta que gosta de moda desde que era criança, quando chegou a posar para revistas de moda infantil. “Hoje, me bate uma coisa quando vejo um desfile, as luzes, a música, todo o espetáculo”, diz a estudante.
Foi atrás dessa emoção que Emma veio ao Palais de Tokyo na esperança de ver a apresentação do estilista indiano Manish Arora, junto com o amigo Othmane, de 17 anos, que estuda comércio e faz dança. “Um desfile é quase como um espetáculo de dança”, diz Othmane. “Cada um tem uma inspiração e isso se reflete no ritmo, na escolha da trilha sonora, na iluminação, no modo como as modelos caminham.”
Nesse dia, Emma e Othmane não conseguiram entrar no desfile, mas explicam como já fizeram em outras ocasiões. “Olhamos a programação na Internet e escolhemos marcas menos conhecidas do grande público, principalmente de jovens estilistas. Aí é só vir mais cedo e esperar na fila do standing”, explica Emma.
“Standing” é o nome que se dá à plateia que fica de pé, sem lugar marcado. Algumas marcas organizam filas de “standing” e, se na hora de começar o desfile ainda houver lugares vazios, por exemplo, a entrada é liberada para algumas pessoas.
Os estudantes Morgane, Léo e Orane chegaram mais cedo e conseguiram entrar, sem convites, no desfile de Manish Arora. Colegas em uma escola privada de moda em Paris, eles já haviam assistido à apresentação da grife Peachoo Krejberg no dia anterior, graças à fila de standing.
Também estudantes de moda, Sascha e Mary vieram de Berlim especialmente para a temporada de desfiles de Paris, e assistiram ao mesmo desfile da Peachoo Krejberg como standing. “Recebemos somente um ou dois convites para desfiles”, diz Sascha. “Mas sempre tentamos outros e às vezes funciona.”
Fonte: Terra
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